Por Gabriela Coutinho
Não sei especificar, exatamente, quando iniciou a minha paixão pelo universo do vinho, mas já faz muito tempo que sou apreciadora e defensora do consumo da bebida, transitando desde o consumo de vinhos tradicionais, em torno de ambientes sofisticados, a momentos totalmente descomplicados. Aliás, essa é uma bandeira que quero levantar aqui: o consumo de vinho deve atender o seu jeito de ser, o seu gosto e está tudo bem. Defendo a teoria de que a harmonização vem com o que te traga prazer, quebrando um pouco os paradigmas, muitas vezes impostos pelos protocolos estabelecidos para consumir vinho.
E é importante destacar e valorizar o trabalho de milhares de profissionais ao redor do mundo, que se dedicam a rituais que envolvem a degustação da bebida. O objetivo não é provocar polêmicas sobre o assunto, mas, sobretudo compartilhar minha experiência pessoal e conhecimento sobre o universo da Enocultura, Enogastronomia, Enoturismo e Enoeventos, de um modo leve, descomplicado, trazendo novos conceitos, novos olhares e nova forma de apreciar os momentos que envolvem o degustar do vinho.
Nas minhas diferentes atuações profissionais, encontro no universo do vinho uma forma de me expressar, seja profissionalmente, seja por prazer (que é o meu caso aqui). Por isso, a ideia é utilizar este espaço de uma forma descontraída e didática para promover a cultura do vinho entre um público que não para de crescer.
O mercado do vinho
Em um dado momento de minha trajetória, a relação com o vinho deixou de ser apenas enquanto consumidora e passou também a ser de promotora de eventos que giram em torno da bebida. A partir disso, nasceu o projeto VinhoTerapia, por entender o vinho como sinônimo de prazer, o degustar como um momento “terapeutizante” que promove relaxamento, conexão consigo mesmo, com outras pessoas, ativando vários estímulos sensoriais que normalmente culminam em alegria, leveza e sentimento de bem estar.
Algumas ações do projeto já são realidade, como a confraria VinhoTerapia para Elas, que tem o objetivo de reunir mulheres que se interessam por vinho, conexões, empreendedorismo feminino e viver novas experiências. Esse modelo de encontro vem crescendo muito no Brasil, como por exemplo as confrarias Amigas do vinho e Rosé Confraria Feminina do vinho. Seguimos também essa tendência aqui na Bahia, sendo talvez a primeira confraria feminina em Salvador, com mais de 30 integrantes.
E outros produtos também devem entrar para o portifólio do VinhoTerapia, como um evento que trará uma conexão entre vinho, música, gastronomia e reencontros. Inclusive já aproveito para falar de um evento que será realizado no mês de outubro, a ProWine, que é focado no segmento B2B para a geração de negócios e desenvolvimento da indústria do vinho, sendo uma grande oportunidade para quem quer adentrar no mundo business da bebida.
O fato é que mercado do vinho vem crescendo muito no Brasil, com um acréscimo de quase 20% desde 2020. Assim, o Brasil consumiu o equivalente a 573,3 milhões de garrafas no ano passado (eu contribui com algumas delas – risos). Além do crescimento geral, surgiu também um mercado mais jovial que aceita vinhos desde os mais elaborados e tradicionais aos mais modernos, a exemplo dos vinhos em lata que são descompromissados, fáceis de abrir, de levar, de gelar. Eles são ideais para o consumo na praia, na balada, na piscina e outras ocasiões em que abridores e taças de cristal não são tão convenientes e precisamos estar abertos a essas experiências, porque tem tudo a ver com nossa Bahia, nosso ritmo, nossas festas e nosso jeito alegre.
Vinho é felicidade.
Vinho é experiência.
Vinho é conexão.
Gabriela Coutinho
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