Com o forró do Trio Alvorada, o que o Parque da Cidade vivenciou no início de noitada desta sexta-feira (25) foi um elenco musical junino carregado de Dominguinhos, Targino, Adelmário “e daí pra dentro da sala de reboco”, como disse José Vieira da Silva, o bonfinense Josa, pouco depois do show.
Às 19h00, o Parque ainda não lotado, a multidão chegante ia para o pé do palco principal, de onde a poderosa sonorização dava vida ao legítimo trio de instrumentos liderado por Josa. Ele na voz e Acordeon, Arilson no zabumba e Beba no triângulo. Por diversas vezes o público viu o ritmo fingir que ia parar e de repente entrar a voz de toadeiro de Sauron (segundo vocalista) apimentando o xote. Luiz Carlos Dantas, contador, de Salgueiro (PE) não pestanejou: “é a primeira vez que venho, estou admirado de como se preserva o São João aqui”. Nas áreas afastadas do palco gemidos de sanfona eram marcados com os pés solteiros ou casados.
Fazendo São João de sua terra há mais de 20 anos, “sem faltar um”, Josa respondeu o que sentia, ainda depois de sua apresentação: “Prá mim é o máximo estar aqui, nesse altar eu me sinto é um rei”. Armado ainda com sua 120 baixos não se esquivou de conservar canções são juninas nesses tempos de variação do forró: “sou antigo de cabo a rabo, zoada de metaleiro não é forró de Dominguinhos” (seu ídolo maior).
Josa no circuito do Parque: “Nesse altar eu me sinto um rei”
Netto Maravilha
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