Antes de ser veiculada a matéria que apontou os “supostos beneficiados” pelos prédios escolares, o Prefeito de Queimadas – Serginho – se manifestou afirmando que não havia mandado ninguém depredar o patrimônio público.
Passaram-se seis meses desde a retirada do telhado, que aconteceu após outros itens dos imóveis serem saqueados. Nesse período, Serginho passou por diversas vezes à frente de uma das unidades escolares que se localiza as margens da estrada de acesso a sua fazenda, o que comprova a omissão do gestor e o descaso da sua administração e proteção ao patrimônio público.
Segundo os que se apossaram do telhado e madeiras, foram autorizados pelos agentes políticos e representantes do povo a retirar o material da escola na véspera das eleições de 2010, quando o legislador envolvido ainda ordenou que uma caçamba que presta serviços à prefeitura realizasse o transporte dos itens.
O prefeito, que assumiu a cadeira sem ter sido de fato eleito pela maioria, esperou os “frustrados e sem sucesso na vida” – conforme ele avaliou os denunciadores – tomarem a iniciativa de tornar público o descaso da sua administração.
Serginho foi informado através dos Vereadores Lazaro José e Renatinho Borges – via ofício – sobre o que havia sido descoberto ao tempo em que foi solicitado explicações. Os Vereadores apresentaram o caso à população, pela tribuna da sessão que aconteceu no dia 2 de março deste ano.Após a repercussão, O prefeito declarou ter ordenado seus advogados registrarem queixa na delegacia para que a polícia investigasse e prendesse os autores.
O Vereador Lazaro, acompanhado de Professor Israel – Presidente da APLB, visitou os supostos “beneficiados”. Posterior às declarações de Serginho no CN, este site publicou a matéria “….” levando aos leitores mais detalhes sobre o caso.
Já se passaram oito dias que o chefe do executivo afirmou ter mandado prender os “necessitados”. Mas nada aconteceu. Ou melhor, aconteceu!
Valmir, consciente de sua participação no caso que se tornou rotineiro em Queimadas agiu rapidamente. No dia 04 de março – antes de ser acusado de ser um dos “supostos mandantes” pela matéria veiculada dois dias depois – o Vereador exigiu dos apossados declarações que o inocentassem das acusações. Nas declarações além de inocentá-lo os lavradores se declararam “ladrões” ao dizerem que pegaram as coisas por conta própria e ainda citaram a cumplicidade de amigos na prática do ato.
O documento que registra a pronuncia de Cida Márcia apresenta outros pontos duvidosos além da data. A declaração identifica à declarante como “Cidamassa” na parte impressa que foi corrigido depois com a escrita do seu nome completo. Cida, ao declarar, não lembrou a data que recebeu a visita do vereador e do presidente da APLB em sua casa, ficando a ser anotado posteriormente, também à caneta. Estas falhas em um documento de tamanha importância permitem a qualquer cidadão que opera com esse tipo de documento perceber a possibilidade de uma possível fraude texto apresentado por Valmir.
Perguntas que não se calam: Será que o conteúdo relatado foi realmente declarado por Marcia? Ou ela recebeu uma declaração pronta e apenas citou os dados colocados à mão? Afinal, já que Valmir não tem culpa no cartório, porque tenta se defender ao ponto de antecipar-se ao trabalho da polícia?
Acredita-se ainda que a polícia deverá filtrar tudo sobre o assunto e desvendar “qual lado da moeda é o de valor real”, já que Serginho registrou queixa, e por Lei deve ser apurada.
Por fim, Aqueles que o vereador Lázaro tinha como “presenteados pelo prefeito” acabaram se metendo numa situação bastante constrangedora. Para Lazaro e Israel, eles disseram que se apossaram do bem público com autorização do Prefeito e do Vereador e que ainda se beneficiaram de um veículo, a serviço da prefeitura, que transportou o material por ordem de Valmir.Depois, em contradição, disseram aos políticos que antes lhes presentearam que foram forçados por Lazaro e Israel a afirmarem que haviam sido autorizados, e confessaram terem se apossados por conta própria o que automaticamente os tornam “ladrões”.
Buscando transparecer os fatos e mostrar quem detém a verdade, Lazaro de José com apoio de Renato Borges e Ivanivalda Queiroz está encaminhando ao Ministério Público, nesta semana, todo o processo com documentos e arquivos que comprovam tudo que foi apresentado por ele anteriormente. Para o Vereador, isso se resolverá em breve, pois acredita na Justiça e tem consciência de que está com a razão sobre tudo que afirmou. O Vice Presidente acredita que as declarações feitas pelos “beneficiados” serão as verdadeiras declarações, feitas sem serem submetidas a qualquer tipo de pressão, coação ou aquisição.
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