Três mil
e setenta e sete votos (3.077): este é um numero que vai dar muita dor de
cabeça a maré vermelha.
Três mil,
trezentos e setenta e um votos (3.371), um numero cabalístico que não foi visto
com a precisão que merecia e a inteligência que necessitava.
Ainda no
mês de maio quando se iniciava a briga para que Paulo Machado desistisse da sua
candidatura, eu tentava falar e ninguém, do lado vermelho, me ouvia. Ao
contrário, me detonavam com argumentos que, hoje, mostravam-se errados.
Sabia-se aquela época que quem deveria desistir da candidatura deveria ser
Carlos Brasileiro, um nome que estava manchado pela prática da arrogância e a
crueldade do dever legislativo que lhe fora confiado e não honrado.
Paulo
Machado sendo um nome mais leve, poderia ser facilmente assimilado pelo
eleitorado de ambos. Sabemos que o eleitor de Brasileiro não vota em Correia e
vice versa. Sabíamos também que o eleitor de Paulo tinha origem nos grupos de
Brasileiro e Correia, desta forma e, por uma questão de inteligência, seria
mais fácil agregar os votos de Brasileiro a Paulo Machado. Esta simples conta
daria ao grupo, com todas as divisões internas, a vitória nas eleições.
Em
situação inversa, com Paulo Machado abrindo mão de sua candidatura em favor de
Brasileiro, os votos de Paulo seriam divididos e, fatalmente, Correia seria
eleito de qualquer forma. O resultado final da votação demonstra, tão somente,
que os votos que Paulo acabou obtendo foram de eleitores que não votariam em
Brasileiro. Portanto, fica absolutamente claro que, caso Paulo tivesse
desistido da sua candidatura, a diferença entre Correia e Brasileiro seria maior.
Não basta
ser político, é preciso entender a política na sua essência. Como se diz, um
passo atrás pode valer dez a frente. O importante seria o prosseguimento dos
objetivos.
Encerrado
o pleito e como solidário a Paulo Machado, concluo testemunhando o cumprimento
da palavra, a honestidade, a cidadania e a fidelidade que os compromissos
políticos devem ter. Ainda valem o fio do bigode e a disciplina que não devem
arredar das relações políticas. Os medos, infidelidades e deselegância de atos
não podem comprometer um projeto. Os nossos sentimentos são suficientes para
nos prover de armas que não nos levem a projetos pessoais, ao narcisismo.
A Paulo
Machado o meu respeito e admiração por não ter aceitado qualquer tipo de
cooptação. Sinto-me honrado de ter lutado ao seu lado ainda que com queda. Não
será a queda desfavorável, ao contrário, ela determina o posicionamento honesto
de fazer política. As obras de sua gestão falam por si, pelo seu trabalho, pelo
pensar plural, pelo seu respeito aos mais fracos atendendo sempre a todos que o
buscaram e ainda buscam.
Por fim, o reconhecimento da
vitoria de Dr. Correia desejando-lhe as bênçãos divinas para continuidade das
soluções dos problemas do nosso município. Daqui para frente o pensar a nossa
Cidade do Senhor do Bonfim reafirma-se como a essência e obrigação de todos os
políticos e cidadãos da terrinha.
Por: Humberto
Santiago